Danças do Candelabro (Shamadam) e da Lanterna (Klop) by Morocco


Morocco com o Shamadan

Durante um zaffa, uma performer contratada chamada Zouba dançava equilibrando uma lanterna, ou uma grande lamparina à óleo, em sua cabeça. Foi um sucesso, tornando-se o nome dela: Zouba el Kloptiyya (Zouba, a dama da lanterna). Assim como Tahiya Carioca foi chamada Carioca, porque ela inseriu passos básicos da Carioca (Carmem Miranda) em sua dança oriental.

Antes de Zouba, Raks al Klop ou Raks al Shamadan não existiam. Não há fotos, desenhos, gravuras, pinturas, miniaturas ou descrições escritas de qualquer coisa parecida, de origem turca ou alguma outra, antes de meados dos anos 1890. A dança marroquina Raks al Seneyya ou Danse du Plateau não foi o que inspirou Zouba a equilibrar a lanterna, já que não haviam artistas marroquinos conhecidos no Egito nessa época.

Vários artistas foram contratados para preceder os noivos em um zaffa e Zouba queria se destacar. Velas longas e velas decorativas eram normalmente carregadas nas mãos de parentes e amigos, que andavam no cortejo, para “iluminar o caminho” para um casal feliz, ainda mais quando os cortejos ocorriam durante a noite, Zouba colocou a lanterna acesa na cabeça dela e dançou com ela. Os convidados adoraram.

Pouco tempo depois, Shafika el Koptiyya começou a usar o shamadan ou candelabro, em vez de uma lamparina à óleo com apenas um pavio, o que também foi imitado. Há uma foto em um cartão postal de 1901 com várias ghawazee equilibrando candelabros acesos em suas cabeças. Em seguida, os shamadans especiais foram feitos para dançar, seguidos por figurinos feitos especificamente para Raks al Shamadan.

Cartão Postal

Danças com klop (lanterna), shamadan (candelabro) e seneyya (bandeja de chá) são danças de exibição: o impacto tem a ver com “ela vai ou não deixar cair” e esse fascínio e medo que qualquer coisa em chamas fornece. Elas são tradicionais, não folclóricas, porque foram feitas especificamente por artistas profissionais para fins de entretenimento e provaram ser tão populares que continuaram por várias gerações.

Embora possa muito bem ter havido danças envolvendo velas em casamentos em muitos países diferentes (e a tese da Dra. Magda Saleh se refira a dançarinas vestindo uma saia com suporte para velas), elas não são Raks al Shamadan, com um candelabro todo aceso na cabeça da dançarina.

Cito meu artigo sobre Nadia Hamdi: “A avó materna e tia-avó de Nadia aprenderam candelabro diretamente de suas famosas criadoras: Zouba al Kloptiyya (nomeada pelo klop/laterna ou lamparina que ela usava na cabeça quando ela dançou sua “especialidade” e que também ensinou Nazla el Adel) e Shafika el Koptiyya (que era Kopt/Copta/Cristã). ”

Foi uma das danças que Samia Gamal fez, quando esteve em Las Vegas no início dos anos 1950 e também as Gêmeas Gamal, conhecidas como Lyn e Lys no Egito e extremo Oriente.


Shamadan na Golden Age


Fonte: You Asked Aunt Rocky (2011), by Morocco.

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